Brilha Barra do Corda

 

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LEIA SOBRE O CARNAVAL DE 2003

O tema do carnaval de 2003 foi "Carnaval na tribo II. A folia continua".
Foi um carnaval com bandas de Salvador e Recif
e.
A folia carnavalesca cordina foi animada por bandas pernambucanas e baianas: a 'Soulzook', 'Nova Star" e Mexe Brasil'.
Diariamente, três bandas tocavam das 17h às 6h da matina.

O tema do carnaval de 2003 foi: "Carnaval na tribo, traga a sua".
Começou na sexta, 8, e terminou na quarta, 13 de fevereiro.
Onze bandas estiveram presentes:
Uma de Belém, a Fruta Quente, outra de Salvador, a Axé Balanço.
As demais, são de São Luís: Free Lance, Reprise, Banda Ilha, Samba Ceuma, Contramão e Q. Samba.
Todos os dias do carnaval, duas bandas se revezam no palco da praça Melo Uchoa.
Na noite de sexta 8, haverá o tradicional baile de abertura do carnaval cordino no clube "Maçonaria" e na "Palácio Show".
Na quarta, 13, das 14h às 18h, também haverá uma banda na praça Melo Uchoa encerrando o carnaval cordino.


Histórico carnavalesco

O carnaval barra-cordense é classificado entre os três melhores do interior maranhense. Uma folia eminentemente de rua.
Durante os quatro dias do carnaval, os foliões reúnem-se na praça Melo Uchoa. Entre 20 a 30 mil pessoas, embaladas pelo som de potentes bandas, divertem-se dia e noite.
Também são atrações à parte os blocos de sujos. O "Galinha Morta" sai desde o início da década de 60. É o mais antigo.
Outros dois blocos de foliões se destacam no tradicional cenário carnavalesco cordino: "Os Empoados" e o "Espalha Brasa".
Os dois blocos são tradicionais. Saem há mais de 10 anos.
O "Espalha Brasa" tem como símbolo duas carroças. Sai no domingo à tarde e na terça-feira gorda. Uma multidão acompanha o bloco.

"Os Empoados", fundado no carnaval de 1976, tem como símbolo o pó de maisena. Os foliões saem com o rosto todo empoado. O símbolo é a frase: "simpatia é quase amor".
Além da frase símbolo, o bloco grafa mensagens político-ecológicas.

Em 2003, o carnaval d'Os Empoados' destacou a seguinte mensagem ecológica:
"Saber viver é sobretudo respeitar a natureza. Preserve o meio ambiente. A vida agradece."

No carnaval de 2002, a frase ecológica d'Os Empoados' foi:
"Pela criação da reserva da Serra Negra. Pela preservação dos rios Corda e Mearim", carnaval 2002

No carnaval de 2001, 'Os Empoados' usaram nas camisetas frases de alerta ecológico:
Da natureza,
Nada se tira, a não ser fotografias;
Nada se leva, a não ser recordações;
Nada se deixa, a não ser pegadas.
Os rios Corda e Mearim agradecem.

No carnaval de 2000, a frase ecológica d'Os Empoados' era:
"Preservar a natureza, um gesto de amor à vida"

No carnaval de 1999, "Os Empoados", alertavam especialmente para a situação dos rios Corda e Mearim:
"Se não preservar a Barra vai acabar.
Os rios Corda e Mearim pedem socorro".

Em 2000, "Os Empoados" registrava:
"Preservar a natureza
Um gesto de amor à vida"

Na mensagem de 1998, as camisetas estampavam:
"Poluam a terra e mar,
As águas dos rios e do mar,
Matem os pássaros, os bichos e os peixes,
E vão morar na puta que os pariu!"

 


Festas Folclóricas

Na cultura popular, há as folclóricas "Punga" e o "Tambor de Crioula", ambas as danças originárias e trazidas pelos negros. A "Punga" e o "Tambor de Crioula" são festejados após a semana santa, culminando com o data maior, 13 de maio, dia da libertação dos escravos. No bairro Altamira é montado um espécie de "Pungódromo". Uma festa popular que vara a madrugada.


Festejos Juninos

Em junho, o bairro Tresidela é o local escolhido para os Festejos Juninos. São montadas barracas de bebidas e quitutes vários e uma espécie de quadrado é feito para apresentação de quadrilhas. Grupos de quadrilhas da cidade, do interior e até de municípios vizinhos fazem evoluções disputando prêmios e as primeiras colocações.


Literatura

A cidade barra-cordense tem uma forte inclinação para a literatura. Poetas, escritores e jornalistas revezam-se registrando o passo a passo do corpo e da alma do homem cordino. Ora são fatos históricos, ora a fotografia profunda da alma dos cordinos.
Desde julho de 1992, Barra do Corda tem uma academia de letras. É a terceira instalada no Maranhão, depois de São Luís e Imperatriz. São 40 membros efetivos.


Música

A cidade tem tradição em música. Há esquemas, grupos e bandas musicais.

BLACK-OUT

A banda mais importante é a "Black-Out", também conhecida como "Caçulas do Forró". Tem inclusive composições próprias. Já gravaram dois "CDs" demonstrativos. Em 2001, está prevista gravação em estúdio. Toca pelas cidades vizinhas, também pelos grandes povoados barra-cordenses. Já fez excursões a São Luís e três grandes temporadas musicais em Brasília. Contato pelo telefone 098-643-0826.

OUTROS GRUPOS

Outros grupos musicais se destacam como o do "Totta", "Ezequiel", "Raimundo Sanfoneiro" e "Agamenon".

Alguns músicos como Ezequiel, Raimundo Soldado, Agamenon e Adrianna Arruda têm CD's lançados.

ORQUESTRA SINFÕNICA

Também há a Orquestra Sinfônica Moisés da Providência Araújo, dirigida pelo maestro Joaquim Bílio, funcionando como escola para crianças e adolescentes.


Poesia

Maranhão Sobrinho (1878 - 1916):

É considerado o maior poeta nascido em terras cordinas. Veja neste portal do "TB", a página da Academia Barra-Cordense de Letras. Contém biografia e poesias do poeta maior. Clique aqui

Outros poetas de grande importância: Isaac Gomes Ferreira (1895-1967); Clodoaldo Cardoso (1894-1964); Demóstenes Braga (1901-1949); Pedro Braga Filho (1913-1978); Olímpio Fialho (1889-1979);Olímpio Cruz (1909-1996); Luís Pires (1917-); Wolney Milhomem (1927-1992); William Figueira (1916-); Sebastião Pinheiro Martins (1925-); Nicanor Azevedo (1907-2001); Antonio Almeida (1922-), Nonato Silva (1918-), entre outros.
Entre os novos poetas destacam-se: Luciana Martins, Urias Matos, Rubem Milhomem, Francisco Brito, entre outros.

O "TB" publica nesta página obras de poetas vivos barra-cordenses: Francisco Brito, que mora em São Luís, o poema "A Hora do Fim". Angélica Ángel, que mora em Barra do Corda, a "Conversa de Poesia". Urias Matos, que reside na Barra, a poesia "Poema". De Victor Cruz, que reside em Brasília, a intitulada "Agonia do Fim". De Coracy Piauylino, professora, residente na Barra, a poesia "Espera Vã". De Rubem Milhomem, residente em Brasília, a poesia "Poema". De Luciana Martins, que reside em Curitiba e doutora em literatura pela USP - Universidade de São Paulo, o poema "Lamento de Penélope (1):

Amigo sem face (Computador)

(Anjo)

NÓS NOS SENTAMOS,NÓS ENCARAMOS NOSSAS TELAS E NÓS DIGITAMOS.
TODOS NÓS TEMOS CURIOSIDADES,QUEREMOS DESCOBRIR POR TODOS OS MEIOS.
COM NOSSO MOUSE NÓS VAGAMOS PELOS ROOM'S EM UM COMPLEXO QUEBRA-CABEÇAS.
NÓS SENTAMOS EM UMA OFUSCAÇÃO,PROCURANDO ALGO OU ALGUÉM.
NÓS CONVERSAMOS ENTRE SI,NÓS DIGITAMOS TODAS NOSSAS AFLIÇÕES.
NÓS FORMAMOS PEQUENOS GRUPOS...
NÓS QUEREMOS RECONHECIMENTO,
NÓS DAMOS BEIJOS E ABRAÇOS,
EM CHAT NÓS CONVERSAMOS PROFUNDAMENTE,E REVELAMO-NOS.
NÓS FORMAMOS AMIZADES-MAS-POR QUÊ?
NÓS NÃO SABEMOS...
MAS ALGUMAS DESTAS AMIZADES,
FLORESCERÃO E CRESCERÃO.
PORQUE É ISTO EM TELA,
NÓS PODEMOS SER TÃO CORAJOSOS CONTANDO NOSSOS SEGREDOS QUE NUNCA FORAM CONTADOS.
PORQUE É ISTO QUE NÓS COMPARTILHAMOS,OS
PENSAMENTOS EM NOSSA MENTE
COM ESSES NÃO PODEMOS NOS VER,COMO SE FOSSEMOS CEGOS.
A RESPOSTA É SIMPLES.
TODOS NÓS TEMOS NOSSOS PROBLEMAS, E PRECISAMOS DE ALGUÉM PARA CONTAR.
NÓS NÃO PODEMOS FALAR PRA PESSOAS REAIS,MAS DEVEMOS CONTAR PARA ALGUÉM
ASSIM NÓS VIRAMOS O COMPUTADOR,E A ESSE NÓS PODEMOS CONFIAR.
ELES SÃO OS AMIGOS SEM FACE.

Autor(a): ANJO

 

A HORA FINAL

(Francisco Brito de Carvalho)

Não me atormentes com tua fúria

                                 inumerável

nem me apedrejes

com as pedras da tua boca

que solta um vulcão de larvas

                                palavras
                                blasfêmias

de um inferno incontido

Sob o céu azul de minha consciência

um anjo me acenava

com sua trombeta apocalíptica


CONVERSA DE POESIA

(Angélica Ángel)

É, eu falo mesmo sozinha,

converso enquanto como,

e canto enquanto caminho

eu me censuro e me pergunto,

me distraio comigo mesma.

Reformulo todas as respostas,

pra provar que te esqueço...

Quero sempre chegar ao fim,

sem ter vivido o começo,

se eu ganhar teu coração,

penso até que não mereço,

mas se me deres tua mão,

nunca ficarás sozinho,

terás todo meu carinho,

destruirás a solidão,

serás o dono da canção da rima e da poesia

e minha alma vai dizer baixinho:

"Tu és tudo que eu queria!"

*Angélica Oliveira Alencar (Angel) é poeta, mora em Barra do Corda.

Princesa do Sertão

(de Artur Arruda)

És princesa,
Boa semente
Que floresce no sertão
És menina
És tudo que se quer
És menina
És mulher
És rio em correnteza
És natureza
Espelho de beleza
Chega a ser frágil
Na saudade que me dá
Mar nos olhos de vontade de voltar
Quis te ter
E o tempo me furtou
Mas, mesmo assim
Longe de ti
És teu, todo o meu ardor
Do ato chamado amor
Terra varão, torrão, medo e solidão
És tu Barra do Corda, Maranhão

*Artur Arruda é professor e radialista. Mora em Barra do Corda


POEMA

(de Urias Matos)

Não há proverbialidade em meus versos.

São ruas esburacadas e mal sinalizadas

Onde se vêem velhos casarões,

Enormes mausoléus a céu aberto à espera do fim.

Não há prodígios em meus versos.

Tudo é solúvel, patético e quase sórdido.

Não há janelas abertas em meus versos.

As paredes fecham-se numa convertida forma,

Maneira certa de dizer o quanto tudo é triste,

Mesmo parecendo suplicantemente alegre.

 

AGONIA DO FIM

(de Victor Curz)

E de repente

Das mansas águas

Tudo é fúria

Faz tempestade

No simétrico curso

Do rio Mearim.

Descendo sertão adentro

Nas barrentas águas mornas

Flutuam imundícies

Jogadas por gente

De mente decadente.

Caem as árvores

Caem as ribanceiras

O rio se alarga

O rio seca

O rio clama

Piedade!

- Dai-me os braços

- Dai-me esperança.

Segue em passos lentos

Na lenta agonia do adeus,

Adeus, adeus

É o fim.

 

ESPERA VÃ

(de Coracy Piauilino)

Cada passo que eu ouvia,

Cada silêncio quebrado,

Cada minuto que passava,

Era você mais lembrado.

Cada segundo que corria,

Crescia a ansiedade,

Pedia à Virgem Maria:

- Trazei-o por caridade!

De repente fui informada:

- É vã essa espera tua

Pelo alguém por quem vigias;

Esta noite não o verás.

Por essa volúpia tua

Viverás sempre algemada!...

 

POEMA

(de Rubem Milhomem)

só só só só

na vida só

na

vi

da

na vida só

(sentado nos muros

do morro do calvário

o poeta contempla

o nascer do dia

que anuncia

mais um século de solidão)

 

LAMENTO DE PENÉLOPE (1)

(de Luciana Martins)

de rima em rima

vou removendo a resina

de poeta sem verso e sem poema

de mulher sem nome e sem semema

de anjo sem sêmen e só dilema

de rio em rio

vou cavando o fundo atrás de sono

vou fazendo do leito o escorredouro

de minha mágoa tristeza e abandono

tendo ele se perdido na ilha de Circe

- aqui do meu lado só há o fantasma -

fui vendo sem que ninguém visse

que amor não é coisa que se plasma

vou arrastando o corpo pela casa

vou varrendo pedaços de asa

vou desfazendo a costura

das colchas de cama

- Eis o destino desta dama.


Teatro

Na Semana Santa há a tradicional encenação da peça "Paixão de Cristo", na manhã da sexta-feira, na praça Melo Uchoa.
É o maior espetáculo teatral feito ao ar livre no estado do Maranhão. Vários atores e atrizes, acompanhados por uma multidão, teatralizam o julgamento e morte de Jesus Cristo.

No final de junho de 2000, foi inaugurado o caminho do Morro do Calvário. Conhecida como Via Dolorosa, ganhou calçamento de pedra, e o Arco e as doze Estações, que simbolizam onde Jesus Cristo parava, foram reformados.