Artigo

Eleições: Em quem não votar
jornal Turma da Barra

 


Diego Lacerda

 

"Na hora da "onça beber água" (eleições), 
os ditos-cujos (eleitores) fecham os olhos e cegos, caem nas mãos dos marqueteiros... 
Que os teóricos do Brasil (“o país das maravilhas”), busquem seus argumentos para explicar esta vergonha que estamos olhando. Um dos dois candidatos será eleito isso é evidente, mas como diria Milton Nascimento, para desespero de alguns: "qualquer maneira de amor vale a pena".
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*Diego Lacerda


            Neste momento o Brasil passa por um momento importante, estamos às vésperas de escolhermos o próximo Presidente da República, mas esqueceram de avisar aos dois candidatos que ficaram na disputa no segundo turno das eleições 2014. Pois bem, nos últimos “debates” - na verdade embates - que aconteceram na TV, ficaram mais que provado que nenhum dos dois candidatos tem capacidade de governar este país.
            Os presidenciáveis não apresentaram uma proposta se quer de melhorias pra este Brasil brasileiro. O que estamos presenciando é um verdadeiro “show” de agressões mútuas, e o “povo”? Ah! O “povo”... Esse aplaude de pé toda baixaria que vem acontecendo na TV, agem como se fossem torcedores, torcendo por um time de futebol. Esse mesmo “povo”, pode se tornar "uma grande massa alienada e falida”, realizando talvez, o maior e mais profundo ciclo de decadência já visto como nunca neste país.
            Creio não existir salto na nossa história, a não ser para trás. Enquanto azuis e vermelhos se agarram numa aniquilação mútua, o povo brasileiro permanece sendo tratado como gado. Eu não acredito em raposas tomando conta de galinheiro, e, não acredito que possa acontecer alguma mudança expressiva quando os maiores favorecidos do sistema se propõem a mudá-lo.
            Hoje eu sei muito bem em quem NÃO vou votar neste segundo turno, e é claro que minha opinião poderá recair sobre seus ídolos e até mesmo considerado deuses. Acho que as duas opções que aí estão são sofríveis, tenho pena de um país tão promissor quanto o nosso, ter que escolher o menos pior, o menos fatal, e até mesmo em muitos casos o menos ‘malandro’. Tenho plena convicção que minha visão utópica é muito maior que a visão limitada, e exclusivamente partidária de muitos, e pretensamente, individualista (na verdade visivelmente deslumbrado e sem o menor traço de razão, por achar tudo maravilhoso de um lado e tudo apavorante do outro - nada neste mundo é assim, pelo menos eu acho, muito menos esta politicagem brazuca)!
            Na hora da "onça beber água" (eleições), os ditos-cujos (eleitores) fecham os olhos e cegos, caem nas mãos dos marqueteiros... Que os teóricos do Brasil (“o país das maravilhas”), busquem seus argumentos para explicar esta vergonha que estamos olhando. Um dos dois candidatos será eleito isso é evidente, mas como diria Milton Nascimento, para desespero de alguns: "qualquer maneira de amor vale a pena".

*Diêgo Bruno Lacerda é escritor e poeta, mora em Barra do Corda (MA) 

(TB22out2014)

 

“Nossa política e educação maravilha”
jornal Turma da Barra

"O resultado do ENEM 2012 nos mostra claramente a falência de nossos partidos e o desprezo de nossos políticos com o que realmente é importante, EDUCAÇÃO. Apesar dos discursos que os azuis e os vermelhos farão aos montões a realidade mostra que ambos, após governarem o país por quase 20 anos tem pouco a apresentar"

*Diego Lacerda

            Gastamos energia diariamente para defendermos bandeiras de cores distintas, brigamos, falamos mal, nos consumimos para defender o governo A ou B, nos exasperamos para criticar o governo A ou B... Vemos claramente na Rede Social (Facebook), que a polarização o fanatismo e a irracionalidade tão demais, então, só nos restam uma coisa: partir pra pilhéria, que é um lindo nome pra sacanagem (?).
            A dualidade a ambigüidade poderia nos fazer refletir sobre a real necessidade de abdicarmos bandeiras, rótulos e idéias pré-concebidas e pensarmos maior, tipo, o que é bom para o país ou o que é bom para o partido A, B ou C?
            Portamo-nos na política como nos portamos nos estádios de futebol, não importa quão ruim nosso “time” é, o outro é sempre o pior. Justificamos o injustificável, defendemos o indefensável. Criticamos quem nos critica pelo simples fato de nos criticar, não importando a fundamentação da crítica, o outro é sempre o adversário, ou pior, o inimigo. Sempre o problema é o outro. A realidade, porém sempre aparecem para nos mostrar verdades que não gostaríamos de ver.
            O resultado do ENEM 2012 nos mostra claramente a falência de nossos partidos e o desprezo de nossos políticos com o que realmente é importante, EDUCAÇÃO. Apesar dos discursos que os azuis e os vermelhos farão aos montões a realidade mostra que ambos, após governarem o país por quase 20 anos tem pouco a apresentar.
            As 50 piores escolas no ENEM são públicas (se não me falhe a memória). Uma vergonha nacional que nenhum discurso pode amenizar.

            “Após mais de 25 anos de redemocratização do país” - apesar de progressos continuados em algumas áreas - a educação continua a ser tratada como “artigo de segunda categoria”. Nenhum partido ou político que governou neste período, nos níveis federais, estaduais ou municipais pode se jactar de nada. A mudança real, aquela que realmente importa e que dê condições de cada um escrever seu futuro, ainda não foi feita por ninguém.
            Se prosseguir do jeito que está, vamos passar a vida inteira enxugando gelo. Se não mudarmos algo, continuaremos abraçados a “herança cultural de nossa política maravilha”. Mas, mesmo com tudo
isso: prefiro acreditar em um futuro próspero a criar uma verdade absoluta no presente.

*Diêgo Bruno Lacerda é escritor e poeta, mora em Barra do Corda (MA) 

(TB/21mar/2013 nº05)