Artigo
Homenagem a Nonato Silva
jornal Turma da Barra

 


Isael "Gael" Lobão

 

Isael Lobão, o Gael, escreveu uma crônica-ficção
onde remonta e descreve cenário, imagina personagens e relata como foi o nascimento do professor Nonato Silva
há quase 100 anos em Barra do Corda.

*Gael Lobão

O dia 13 de agosto de 1918 amanheceu cinzento, pois uma névoa espessa cobria toda face dos baixios ao redor. Lembro-me como se fosse hoje. Fazia um frio! Um frio de lascar! Já se imaginava que passava das oito horas da manhã e a névoa já começava a se dissipar, quando dona Chicô ordenou que alguém lhe levasse de volta para casa.  Arre! Era uma jornada de quase quatro horas montada numa “sela de banda” e um moleque da vizinha de Maria na garupa do cavalo. 

- Vamos, vamos que eu tenho muito que fazer ainda hoje. Disse dona Chicô ao compadre Zé Ribeiro, com um tom de voz de quem pode mandar, pois acabara de cumprir mais uma árdua, porém abençoada missão de ajudar uma mãe a ter um filho; o primeiro filho do lar.

José apressou o rapazola que deveria acompanhar a parteira até seu casebre, num povoado distante cerca de três léguas, o qual protestava por ter de voltar montado em uma “sela de mulher”. Dona Chicô não queria, de jeito nenhum, aceitar qualquer forma de pagamento, mas José Ribeiro empurrou no bolso do seu vestidão estampado com flores de margarida, várias cédulas de valores desconhecidos. Depois de dois amigos de José, e ele próprio, ajudarem dona Chicô montar, ela agradeceu e se foi feliz por mais uma missão cumprida a contento, sem riscos para mãe e nem para o filho. Saiu acenando com a mão esquerda, enquanto segurava as rédeas com a direita e instigava o animal com sons agudos saídos de sua boca em formato de beijo.

Foi assim:

Os galos já estavam cantando pela terceira vez, o que indicava que estávamos já muito próximos das cinco horas da manhã. Um gemido acanhado e um pouco abafado foi ouvido por José Ribeiro o qual perguntou preocupado:

 - O que foi Maria?

 - Parece que está na hora Zé. Uma dor muito forte, mas já passou... Ai! De novo Zé. Será que tá na hora mesmo? Chama dona Chicô... Ai! Fuuu, fuuu, fuuu - Maria fez os exercícios respiratórios que dona Chicô havia lhe recomendado quando lhe viessem as contrações do parto.

 - Vá logo siô, oxente! - Instigou Maria que achava que não ia aguentar mais uma... E mais uma daquelas dores.

José não sabia se ia chamar dona Chicô ou se ficava perto de Maria que estava com dor de parto. Dor do primeiro parto! Êta aperreio para um “marinheiro de primeira viagem”. José foi.

Dona Chicô, que já estava há dois dias na casa do casal Maria Uchôa  e José Ribeiro, estava a vinte passos dali, dormindo profundamente numa rede de algodão cuja linha fora fiada por Maria durante o período da gravidez. Era uma enorme rede branca, cujas varandas eram da largura de um palmo e meio, feitas de renda de bilro, com estampa de ramos de palmeira, que quase se arrastava no chão de terra batida do varandão. Que luxo dona Chicô! Mas é hora de acordar, pois Maria está nas dores do parto.

- Dona Chicô! Dona Chicô” - José sacudiu a rede várias vezes para que a velha parteira pudesse acordar.  

- Huum? O que foi seu Zé?

- É a Maria. Parece que chegou a hora. Venha logo dona Chicô! - Disse José bastante apreensivo.

- Deixe de besteira “home!” Ela aguenta.  Ela é “muié”!

 - Ô dona Chicô! Venha depressa, ela tá sofrendo muito.

Dona Chicô sabia o que era a dor de um parto. Estava fazendo corpo mole por pura preguiça mesmo, naquele frio gostoso da madrugada daquele 13 de agosto. Levantou-se, se espreguiçou e soltou um gemido rouco, para deixar bem claro seu desconforto. Nem trocou a camisola larga e longa que estava vestida para dormir e saiu em direção ao quarto do casal, em passos largos, inclinando-se ora para um lado, ora para o outro, por causa de suas pernas muito tortas e seu excesso de peso. José que ia junto adiantou-se e abriu a porta. Maria continuava gemendo muito e dona Chicô entendeu que a coisa não estava para brincadeira não.

 - Ih! Parece que é pra já! - Exclamou com pouca preocupação e, em lugar disso, um largo sorriso com a boca já desdentada pela idade e pela falta de cuidados na juventude. Mas mesmo assim era um sorriso gracioso e contagiante. José até se animou apesar da preocupação do momento.

 - Rita! É Rita o nome da moça? – Perguntou dona Chicô se referindo àquela que estava ali para cuidar de Maria após o parto.

 - É, respondeu José Ribeiro. O que é? - Acrescentou.

 - Água morna, bem morna. Traga uma bacia bem limpa com água morna.

- Cuide Rita, atenda logo dona Chicô!- Apressou-se em dizer José.

            Rita muito solícita trouxe logo a bacia com água e uma toalha grande. Já sabendo que iam precisar, trouxe também alguns cueiros para o bebê.

 - Vamos Maria! Vamos “muié”! Mostre a Maria que eu conheço. Força! Força! Só mais um pouquinho! Vamos!

 -  Haam... haam! Aaai! Fuuu, fuuu, fuuu. – Maria repetiu os exercícios respiratórios.

 - Nasceu! Pronto, nasceu!

 - Uéém! Uéém! Uéém! - Berrou o moleque que acabava de nascer. Esperto, nem precisou das costumeiras palmadas que eram para ser dadas pela parteira.

José rodopiou para lá e para cá e uma pergunta na garganta cismou de não sair! Com muito esforço perguntou:

- O que é?

José nem sequer sabia direito o que estava perguntando.

- Ora o que é! É seu filho, “home!” Ôôô!

- Eu sei, eu sei. É homem ou mulher? - Conseguiu por fim perguntar o que vinha tentando.

- É “home”! Um meninão compadre Zé! - Disse dona Chicô, agora assumindo a condição de comadre do pai e da mãe do recém-nascido, como é o costume da terra.

 - Rita! Rita! - Bradou dona Chicô para a moça que ia cuidar de Maria durante o tempo do resguardo de, pelo menos, 40 dias, e passou-lhes as instruções dos cuidados com a parida, inclusive a comida.

            Naquele caso, trinta capões já estavam no chiqueiro, engordando, para cumprir a dieta que, pelo menos nos trinta primeiros dias, tinha de ser à base de pirão de farinha seca, esta escolhida a rigor. 

- Como é o nome que vocês vão dar ao menino? - Perguntou dona Chicô.

 - Eu nem sei ainda - respondeu Maria, enquanto ajeitava o neném no colo para lhe dar o colostro.

 - Nem eu. - Disse José e acrescentou: isso fica com a mãe.

Conversaram um pouco, houve várias opiniões e, enfim, chegaram a um consenso:

 - Que tal Raimundo Nonato? - Arriscou um dos vizinhos que já tinham sido avisados do nascimento do menino.

- Eu concordo, disse José antecipando-se à esposa, como se quisesse logo, logo, se livrar da responsabilidade de escolher um nome para seu primeiro filho para que, no futuro, não fosse o caso desse nome não viesse ser do agrado de todos.

José, sinceramente, gostou do nome Raimundo Nonato. Maria também gostou e concordou. Estava, assim, resolvida a questão: o menino se chamaria Raimundo Nonato Ribeiro da Silva e, para facilitar as coisas no futuro, podia ser chamado apenas de Nonato ou, quando chegasse o tempo, Nonato Silva.

Ô Nonato Silva! Feliz aniversário sô! São os votos sinceros do amigo e confrade Gael Lobão.

Um forte abraço. Uuupa! São 95, cara! Do alto dos meus 69, te digo: “Sê tu uma bênção!” (1)

Nota do autor: Os personagens, dona Chicô e Rita, bem assim o moleque da vizinha de Maria Uchôa, são pura ficção.
(1)     
Gênesis 12. 2

 


Artigo
O que Barra do Corda produz na arte e literatura
jornal Turma da Barra

 


Isael "Gael" Lobão

 

Isael Lobão, o Gael, fez palestra em encontro literário 
realizado no centro histórico em São Luís no final de julho, no qual traça o perfil histórico
 e cultural de Barra do Corda, principalmente da sua produção literária 
destacando autores e suas obras publicadas. 
Gael é escritor e membro da Academia Barra-Cordense de Letras

Por Isael "Gael" Lobão

           Coube-me a honra e o privilégio de representar, com a palavra, nesta oportunidade ímpar, a nossa Academia Barra-Cordense de Letras, neste majestoso evento que marca a I Mostra Estadual de Literatura que reputo, de antemão, por uma iniciativa bem sucedida da Secretaria de Estado da Cultura do governo do estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão e do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, que visa o lançamento e a divulgação de obras de autores maranhenses.
           A nós, da Academia Ba
rra-Cordense de Letras, o evento se reveste de especial importância, pois nos proporciona a oportunidade de mostrar ao Maranhão a cooperação de Barra do Corda no contexto cultural maranhense, mormente no campo literário, porém não somente aí, mas na cultura em geral. Pode parecer a muitos como singela essa cooperação e, na verdade, o é, mas nos enche de orgulho o fato de nos ser possível e oportuna, esta que, para nós, será uma inesquecível participação.
           Consta dos anais da ABCL, que na década de 1940, um grupo de pessoas se reuniu para fundar o Grêmio Literário “Machado de Assis” em Barra do Corda, como o embrião da futura Academia Barra-Cordense de Letras, grupo este composto dos intelectuais Frei Paulo, Éden Salomão, Francisco Walter Meneses, Lourival Pacheco, Wolney Milhomem, Maria Conceição Guimarães e outros.
           As constantes reuniões daquele grupo de pessoas comprometidas com a cultura barra-cordense ensejou a criação de um outro grêmio, agora o Grêmio Recreativo e Cultural “Maranhão Sobrinho”, este de cunho clubístico, sob a batuta dos ilustres batalhadores Clodomir Teixeira Milhomem, Olímpio Cruz, Suárez Pinto Cavalcante e alguns outros.
           O espaço do clube era palco não somente de recreação pura e simples, mas também de acaloradas discussões literárias e culturais, passando a ser o principal local do ajuntamento da intelectualidade barra-cordense.
           Nas conversas não se esqueciam de planejar a criação da Academia de Letras, intento finalmente consolidado em 28 de julho de 1992, com a denominação de Academia Barra-Cordense de Letras, “Casa de Maranhão Sobrinho”, numa justa homenagem ao ilustre poeta barra-cordense, José Américo Maranhão Sobrinho, ao qual tomamos emprestado um pedacinho do seu “quilométrico nome”, como já denominou alguém, referindo-se aos seus muitos sobrenomes.
           A Academia Barra-Cordense de Letras teve como sua primeira diretoria, esta provisória, nosso atual presidente de honra Nonato Silva, como presidente; João Pedro Freitas da Silva, vice-presidente; a senhora Coracy Piauilino, secretária e Galeno Edgard Brandes, orador oficial.
           Diziam eles nas constantes conversas que precederam a tão sonhada criação da Academia Barra-Cordense de Letras: “Barra do Corda é merecedora de uma casa de cultura, visto que sua intelectualidade remonta há um século”.
           Está registrado que os futuros fundadores se reportavam àqueles que, por sua dedicação às letras e à cultura em geral, se destacaram no meio intelectual, como Isaac Martins, o qual, em 12 de novembro de 1888 fundou o jornal “O Norte”, de tendência abolicionista e de cunho democrático-republicano que, por sua vez, aglutinou em torno de si intelectuais da cultura geral, tais como (espero não cansar o meu auditório com esta nominata): além do próprio Isaac Martins, seu fundador; Frederico Figueira, seu redator-chefe; Rocha Lima, Dunschee de Abranches, Walfredo Lira, Arão Brito, Ismael Salomão, Florêncio Brandes, Almir Silva, Nicanor Azevedo, Nonato Pinheiro, Olímpio Cruz, Orestes Mourão, José Bandeira de Melo, Natal Teixeira Mendes, José Rodrigues, Sebastião César de Miranda, Luís Gonzaga de Roland, Pedro Braga Filho, e outros.
           Na prosa e na poesia, inclusive aos nossos contemporâneos, o destaque vai para Maranhão Sobrinho, sem dúvida o nosso poeta maior à época, hoje o Patrono de nossa Casa, foi ele um dos fundadores da Academia Maranhense de Letras com Antonio Lôbo, este, digno Patrono da AML; ainda, Isaac Gomes Ferreira, Clodoaldo Cardoso, Nicanor Azevedo, Nonato Pinheiro, Olímpio Cruz, Nonato Silva, Wolney Milhomem, Efe Brandes, Fernando Braga, Idaspe Perdigão Freire, Rubem Milhomem, Francisco Brito, Luciana Martins, Josemar Lopes Santos; na literatura de cordel, Assis Soares e Olímpio Cruz, com o seu magistral “Relatório Sertanejo”.
           No jornalismo sobressaem-se Wolney Milhomem, Nonato Cruz, Nonato Silva, Heider Moraes, Antonio Carlos Lima, e outros. Cabe também justo destaque, aos nossos cronistas Cézar Braga, Sebastião Bonfim, Francisco Brito, Eduardo Galvão, Mário Helder, todos eles colaboradores do jornal virtual “Turma da Barra” e muitos outros.
           Na música destacam-se Moisés da Providência Araújo, este, sua estrela de maior grandeza, talvez; José da Providência, Antonio Miranda, Gustavo Barbosa, Galeno Brandes, José Mário, João Bílio e seus irmãos Joaquim Bílio (um dos nossos da ABCL) e Juarez Bílio, cego, mas de uma invejável habilidade com os instrumentos a teclado.
           Outros ilustres barra-cordenses tiveram irrefutável destaque na oratória, tanto na sacra quanto na secular, a exemplo das homilias do Padre Odorico Nogueira, Frei Paulo e Padre Hélio Maranhão; no campo secular, menção especial às oratórias de Valdemar de Sousa Brito, Demóstenes Braga e seu irmão Pedro Braga Filho; Almir Silva, José Nogueira Arruda, Galeno Brandes, João Pedro Freitas da Silva, Éden Salomão e José Bernardo Rodrigues.
           Nas artes plásticas destaco, entre outros que aqui omito, no intuito de ganhar tempo, e que não são poucos, Antonio Almeida, ao qual Francisco Brito de Carvalho cognominou de “O Poeta das Cores”, Domingos Augusto, o “Du Maranhão”, Pietro Luz, Leal, Antonio Filho e Neuton Sá.
           No artesanato, o destaque maior vai para Pedro Barros, sem esquecer que está se formando uma nova e promissora geração de artesãos em Barra do Corda.
           Finalmente na história, se destacaram Sidney Milhomem, Galeno Brandes, Justino Soares e João Pedro Freitas da Silva; vislumbra-se a chegada de Álvaro Braga, membro de nossa ABCL, já com inúmeros fragmentos publicados.
           Diante de tamanhas virtuosidades, justifi
ca-se a existência de uma Academia Barra-Cordense de Letras, para proporcionar abrigo e aconchego no seu seio, às letras e à cultura geral do seu povo, lembrando ainda, que no campo das letras vicejam inúmeros outros autores, os quais se preparam para fazer os seus lançamentos e divulgar seu profícuo trabalho. Lançamentos para breve, entre muitos destaco: Tâmara Pinto, Álvaro Braga, Monsenhor Hélio Maranhão.
           Barra do Corda, sem dúvida, foi e ainda é um berço de prolíficos autores, tanto na prosa quanto na poesia, os quais continuarão cantando e decantando a querida terra, como sua fonte primeira de inspiração.
           Temos uma extensa lista de autores barra-cordenses, que nos tomará muito tempo nominá-los. No entanto, julgo oportuno e proveitoso ficar à disposição de nossos amigos e confrades, participantes desta mostra, a relação como segue.
            Encabeçamos a lista com o nome do ilustre Mestre Nonato Silva, autor dos seguintes títulos de vários estilos, desde o sacro, passando pela poesia, a prosa, o jornalismo, o documentário, a biografia etc: Sermões Selecionados; Filhos da Batina; Divagação; Homilias; Discurso Acadêmico; Agressão à Língua Portuguesa; História da Universidade Aberta no Ministério da Educação e Cultura; História da Ortografia da Língua Portuguesa; Aimée Lopes Nunes da Silva, na Genealogia Costa Nunes; Coração Acadêmico; História da Lexicografia da Língua Portuguesa e Língua Brasileira, além da valiosa colaboração na edição da Revista da ABCL.
           Monsenhor Hélio Maranhão, igualmente prolífero, sua obra é, também, bastante diversificada: Missa Participativa; Igreja, Comunidade Eclesial de Base; O Livro Aberto Monsenhor Hélio Maranhão, na crônica do Jornalista Manoel dos Santos Reis; Perfil de Maranhão Sobrinho; A Forânia de Brejo Se Torna Diocese; Semana Santa - Ontem e Hoje na Sagrada Liturgia; Itinerário da Pastoral da Irmã Adeci Peixoto em Tutoia; Perfil de Almeida Galhar; A Espiritualidade do Clero Diocesano, o Secular; O Discurso que não foi Proferido; A Mãe de Deus - Mater Dei nas Catatumbas de Priscila em Roma; Antologia de Discursos e Antologia de Artigos I e II.
           De Olímpio Cruz (este talvez tenha sido o único poeta das causas indígenas no Maranhão), Cauiré Imana - o Cacique Rebelde; Clamor da Selva; Canção do Abandono; Relatório Sertanejo.
           De Efe Brandes, Céu de Estrelas Mortas; Versos Diversos; Fagulhas Sentimentais; A Morte da Liberdade; Veredas de Minhas Quimeras.
           De Marcos Pacheco, Prática Legislativa e Justiça Social; Estado Multicultural e Direitos Humanos.
          De Rubem Milhomem, Danças na Tribo; A Princesa do Sertão; Morro do Calvário; A Jurisdição Extraordinária do TST na Admissibilidade do Recurso de Revista.
          De Fernando Braga, O Sétimo Dia; Elmano, o Injustiçado Cantor de Inês; Memorial de Pedro Braga Filho; Campo Memória; Poemas do Tempo Comum.
           De Antonio Carlos Lima, Além da Ilha; São Luís, Azulejos e Poesia.
           De Olímpio Cruz Neto, Cânticos e Louvores.
            De Assis Soares, Criança Esperança; Cadeira Vazia; Academia Triste; Flora Destruída; Sermão da Montanha.
           De Josemar Lopes Santos, Lírio de Sonhos.
           De  Eliézer Moreira Filho, Histórias que os Jornais não Contaram.
           De Marinete Moura, Do Outro Lado do Horizonte.
           De Francisco Azevedo Noleto, A Família Noleto.
           De Felinto Ribeiro, Histórias Contadas na Praça João Lisboa.
            De Kissian Castro, Bodas de Pedra. 
            De Jagne Amorim, Visão Poética de um Policial Militar; Algumas Poesias.
           De Zuleide Guimarães, O Encontro Comigo Mesma.
           De Fábio Mota, Ao Encontro de Niestzche.
           De Cristina Abreu, 1, 2, 3; Leia Tudo de Uma Vez; Orgasmo.
           De Wohglaides Lobão, Missão Evangélica dos Índios do Brasil; Elementos Geradores de Aprendizagem; Nova Realidade para a Escola Bíblica Dominical.
        De Evangelista Mota, Maranhão, Açailândia e sua História; Bodas de Ouro; Missão Cumprida e outros.
           De Perrin Smith, O Mensageiro de Deus. 
            De Ozanir Martins, Fragmentos do Conhecimento.
           De Antonio Clementino, Tereza e José.
           De Estácio Trajano Borges, A Vida de Jesus, sem Dogmas e Preconceitos.
           De Abdoral Fernandes da Silva, Nossas Raízes.
           De Jesus Arruda, Folhas Secas.
           De Luis Carlos Pinheiro, O Andarilho.
           De Benedito B. Pinheiro, Do Grajaú ao Tocantins.
           De Viana Guará, Poeira Dourada.
           De Élbio Carvalho, Alcântara - Tecnologia Derretida.
           De Antonio Guará Sobrinho, Contos de Gente da Minha Terra.
           De Graziella Merlati, Amor e Martírio em Alto Alegre.
           De Isael Lobão, Apocalipse sem Medos e sem Segredos; Um Rastro de Sangue.
           De Luciana Martins, Espetáculo das Sensações Alheias; Lapidação da Aurora.
           De Raimundo Braga Martins, Quase Nada.
           De Wolney Milhomem, O Humanista Victor Meireles; Ore in Frantumi; O Estroia do Tempo; A Morte da Tempestade.
           De Sidney Milhomem, Barra do Corda - Sua História.
        De Nicanor Azevedo, Síntese e de Maranhão Sobrinho, Papéis Velhos Roídos pela Traça do Tempo.
           É bem provável a omissão, não desejada, de autores nesta nominata, pois vários deles ainda não nos forneceram suas obras para a devida catalogação e exposição em nossa Biblioteca na ABCL, a qual (aproveito a oportunidade para informar), já conta com um vistoso acervo que está sendo utilizado por inúmeros alunos das escolas locais.
           Quero encerrar este tempo agradecendo aos promotores deste evento, de substancial importância para o avanço da cultura maranhense; o visível empenho de nossa atual Diretoria da ABCL, por seu profícuo trabalho em prol das letras e de outros segmentos da cultura do nosso município, o que, com certeza, ajudará no resgate de muitos desses valores culturais de nossa terra, hoje, admitimos, em parte arrefecidos. Não me declaro um saudosista, mas sinto falta dos tempos idos em que os barra-cordenses tinham um maior gosto pela leitura e muito zelo pela norma culta da língua pátria.
           Obrigado pela atenção de todos.

*Isael "Gael" Lobão é escritor, mora em Barra do Corda (MA)

(TB
10ago2013)