Mandaka é destaque em revista de Brasília
jornal Turma da Barra

 


Imagem da parte externa do Mandaka

A revista Roteiro de Brasília, 
especializada em comida, diversão e arte, 
publicou reportagem sobre o restaurante “Mandaka”, 
localizado no Pistão Sul de Taguatinga, o qual foi inaugurado em fevereiro deste ano.
Muitos barra-cordenses já conhecem o ‘Mandaka’, pois, o proprietário é Thiago Lucena, 
filho da barra-cordense Cléa Moraes

 

"O neto do sertão

Em época de lei seca, nada melhor que ter um bar perto de casa. Muita gente vem mudando os hábitos em consequência da nova legislação, enquanto os proprietários têm à frente não só desafios, mas também oportunidades. Quem vem se dando bem nessa história são os moradores de cidades antes desprovidas de opções de aonde ir para tomar um chope, um drinque, encontrar os amigos. O Mandaka Chapa & Chopp, no Pistão Sul de Taguatinga, inaugurado em fevereiro deste ano, é uma das novas casas desse novo tempo.

Um dos motivos que levaram o restaurateur Thiago Lucena a escolher Taguatinga foi exatamente o fato de os moradores da cidade estarem com poucas opções e gostarem de curtir o que a própria cidade oferece: “Sempre saí muito em Taguatinga e observei uma característica do público daqui, que é valorizar o que é do local. Com a lei seca, isso tende a aumentar”. O ponto também foi estrategicamente pensado. Além de ter conseguido um espaço para 700 pessoas a custo mais baixo do que conseguiria em Águas Claras, por exemplo, o bar e restaurante está localizado em frente às principais boates da cidade, que ficam do outro lado da pista. Assim, o objetivo é fazer da casa um espaço pré-balada.

Mandaka era o apelido de infância de Thiago, por causa do restaurante nordestino que o pai teve em Brasília, o Mandacaru. A primeira casa foi inaugurada em 1980, na 408 Sul. O pai de Thiago chegou a ter três restaurantes, todos posteriormente vendidos. “Foi a primeira carne de sol de Brasília.” Com irmãos e tios no ramo de bares e restaurantes, e tendo acompanhado o pai durante boa parte da vida, o resultado só podia ser um, apesar de Thiago ser formado em Ciência da Computação e ter uma empresa de comunicação visual: “Quando meu pai vendeu tudo, fiquei com vontade de ter algo meu”.

A origem nordestina foi o prato principal na hora de Mandaka, o neto do sertão, pensar o Mandaka, restaurante. O pai veio de Caicó, no Rio Grande do Norte, conhecida como “a capital da carne de sol”, em 1967. A mãe fez as malas em Barra do Corda, no Maranhão. Por isso, carne de sol e macaxeira não faltam no sonho concretizado de Thiago, que nasceu no Guará, onde mora até hoje. Para montar o cardápio da casa, teve a seu lado o chef Bruno Canatto. “O Bruno consegue efetivar as minhas ideias”, elogia Thiago, responsável pela aprovação de todos os pratos.

Bruno é criterioso e uma das suas regras é que tudo, da carne de sol ao molho de tomate, doces e pães, seja feito no local. O cardápio acompanha a ideia de Thiago de ter um espaço que atenda a públicos variados, desde a família até o trabalhador do meio de semana e a moçada que quer curtir a noite ou a happy hour.

A carne de sol é o carro-chefe. O prato Carne de Sol Caicó é completo, incluindo macaxeira frita, queijo coalho, feijão fradinho e paçoca, mas com um diferencial: o arroz de leite (por R$ 85, serve até quatro pessoas). Uma das dicas do chef, que se apega e defende algumas de suas criações, são os Camarões ao Mediterrâneo: arroz à grega, coberto com camarões empanados, molho de tomate, gratinado com mussarela (por R$ 89, serve até três pessoas). Tem também a tradicional Moqueca Capixaba (R$ 89, também para três pessoas), a Picanha do Chef, o Mandakinha Kids, guarnições à parte e muito mais.

Vários petiscos são invenções próprias e empolgam o chef Bruno, a começar pelo queijo do sertão, servido em cubos envoltos em gergelim (R$ 19,90). Outra sugestão é o carpaccio de carne de sol, com fatias bem finas de carne de sol crua, salpicadas com cebola roxa e manteiga de capim-santo, finalizadas com lascas de queijo coalho (R$ 27,90). Os escondidinhos e arrumadinhos não podiam faltar. Destaque para o escondidinho de camarão (R$ 65 para duas pessoas e R$ 35 para uma).

Mas tem sempre aquela menina dos olhos, o petisco que quase todo mundo pede ou volta para comer mais. No Mandaka, os pasteizinhos Correio do Sertão são a estrela dos petiscos. O segredo? Bruno afirma ser a massa feita na casa, o que dá o grande diferencial e o gosto de quero mais. Os recheios são variados: linguiça suína com pimenta de cheiro, carne de sol ralada com mussarela e bacalhau (12 unidades por R$ 19,90). O cardápio do Mandaka é extenso. Para petiscar enquanto se bate-papo com os amigos, tem ainda moela ao vinho, camarão, tulipas de frango...

Para adoçar o paladar e a vida, Brigadeiro de Panela (R$ 9,90) e Maria Bonita e Lampião, recriação do clássico Romeu e Julieta, uma cheesecake feita de polvilho e queijo coalho, coberta com goiabada cascão feita na casa (R$ 14,90). De segunda a sexta são servidos os pratos executivos, que vão de R$ 19,90 a R$ 34,90.

Com 80 rótulos de vinhos e um total de 500 garrafas (também servem-se taças), chope Brahma, destilados (cachaças, tequilas, vodcas, whiskies etc.) e mais de 20 tipos de drinques, além de sucos variados, o Mandaka também não deixa a desejar no quesito bebidas. Para elaborar os coquetéis, foi contratado um mixologista. Tem o Frozen de Capim-Santo (R$ 15,90) e o The Walking Dead, o preferido da moçada, feito com Amarula, licor de pêssego e Grenadine (R$ 11,90). O 50 Tons de Verde, à base de vodca, espumante, pepino, limão-taiti, limão-siciliano e Sprite (R$ 15,90) brinca com a trilogia Cinquenta tons de cinza.

O espaço do Mandaka tem toques de rusticidade. O ambiente é à meia-luz, criando uma aura harmônica e agradável. A casa não terá música ao vivo. O som é ambiente e variado, numa altura que não incomoda e nem atrapalha uma boa conversa. Além da área comum, interna e externa, há outra para eventos, no mezanino, com capacidade para até 200 pessoas. O espaço é independente, com banheiros à parte, bar e elevador climatizado para os pratos.

E se filho de peixe peixinho realmente é, como diz o velho ditado popular, Thiago, é claro, não vai ficar por aí. Um bar-restaurante só é muito pouco para esse neto do sertão. O empresário já pensa em montar outras duas casas. “Este é o primeiro de uma rede.” Os próximos lugares em que está de olho? Guará, sua cidade natal, e a Asa Sul. Enquanto isso, quem quiser tomar uma dose de 50 Tons de Verde ou experimentar os pasteizinhos do chef Bruno vai ter mesmo que pôr o pé na estrada e sair do eixo Asa Sul/Asa Norte. (Por Ana Cristina Vilela)

Mandaka Chapa & Chopp QSD 23 – Lote – Pistão Sul – Taguatinga (3967.6060)Diariamente, das 11h30 às 24h"
Revista Roteiro: roteirobrasilia.com.br

 

 


Interior do Mandaka
 


Deputado Tatá Milhomem e família almoçando no Mandaka

 

 

(TB15jun2013)