Artigo
Mestre Nonato Silva
Jornal Turma da Barra


Mário Helder

"O economista e poeta barra-cordense Mário Hélder lembra do aniversário de Nonato Silva, 
que nesta quarta-feira (13), faz 96 anos. O presente do sobrinho Mário Helder para o tio Nonato Silva é o poema “Mestre Nonato Silva”.
"

*Mário Helder

Nascido brejeiro incólume
em águas cristalinas
Crescido sorrateiramente
entre versos e poesias
Vivido a vida intensamente
semeando iguarias
Ungido da selva verdejante
de sombras divinas
Esculpido de forma abundante
entre pedras e salinas
Contido no contexto dos brilhantes
com exemplos seguidos
Inserido na bondade amplamente
meios e fins vividos
Desenvolvido em ares pujantes
de forças bem definidas
Destemido de voo sempre rasante
coragem, fé e brilho irradiante.

*Mário Helder é poeta, economista, mora em São Luís (MA)


(TB13ago2013)

 

Artigo
Que venha a UFMA já
Jornal Turma da Barra

"Caso não possa se instalar de imediato um campus avançado, que venha um polo com um ou dois cursos com características regionais que possa pelo menos dar o pontapé inicial. Feito mineiro comendo pelas beiradas, mas que venha a UFMA já"

*Mário Helder

            Sobre o polo UFMA em Barra do Corda, devemos ressaltar o excelente artigo do conterrâneo Eduardo Galvão que fez uma leitura muito pertinente.
            O sonho vem de longe, de décadas e ele precisa ser sonhado mesmo diuturnamente para que a qualquer momento se torne realidade.
            Nesta semana vi na imprensa o reitor falando dos polos de Bacabal e Codó já com alguns cursos definidos para o segundo semestre de 2014, Então temos aí no ano que vem eleições, para que possamos arrancar com alicate de tira dentes, algum compromisso definitivo.
            Temos que está muito atentos para o apoio político efetivo, pois outros municípios nos parece que se mechem melhor e aí é que mora o perigo.
            Entendemos que a UFMA na Barra é de suma importância para toda região central do Maranhão, para isso temos já o interesse demonstrado pelo Sr. Prefeito e marcando colado nós temos o embaixador engenheiro Cezar Braga que trata do assunto sempre que tem uma brecha, além da demonstração de toda a sociedade, através de abaixo assinados ou até com passeatas pelas ruas.
            No entanto, vejo que precisa de projeto, precisa que o município disponibilize um imóvel ou um terreno para que a cobrança passe a ser mais abrangente, arrolando outros políticos e principalmente a direção da universidade.
            Caso não possa se instalar de imediato um campus avançado, que venha um polo com um ou dois cursos com características regionais que possa pelo menos dar o pontapé inicial. Feito mineiro comendo pelas beiradas, mas que venha a UFMA já.

*
Mário Helder é membro e diretor da ABL, mora em São Luís (MA) 

(TB10nov2013)

 

Artigo
Dia dos Pais
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder

O dia dos Pais, assim como o dia das Mães, foi criado inicialmente com o intuito de fortalecer os laços das famílias e familiares, bem como uma maneira de agradecer àqueles que nos deram a vida. Criado no Brasil em 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família, depois modificado por interesses meramente comerciais, para o segundo domingo de agosto. 

Pai
vida dessas vidas
que fizestes arder
no fulgir dos teus olhos
tua aura nos compõe
magnética e faiscante
tuas mãos nodosas
transfigura nossas vidas
transcende nossas almas
aprimora nosso ser
verve estimulante
de imaginação fértil
nos ombros de fortaleza
na robustez dos teus braços
no calor do teu abraço
acalentando a tua face
cala-me de saudades.


*Mário Helder é Tesoureiro da ABL, mora em São Luís (MA) 

(TB12ago2012)

 

Artigo
O Sermão
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder

            Desde quando cheguei aqui em São Luis, há mais de 20 anos, tenho o hábito de encontra-me com alguns colegas em algum barzinho para jogar conversa fora, fazer atualização dos papos.
            Já passamos por vários locais e já fomos mais de 15 assíduos, no entanto, hoje somos apenas meia dúzia de 3 ou 4, mas não há indícios de pararmos o encontro por enquanto.
            Hoje o point do nosso mini encontro se dar numa casa de lanches ou restaurante denominado Espertinho, que fica na avenida Daniel de La Touche, na Cohama, em frente a um posto de gasolina, Bambuzul. Detalhe, fica próximo da casa dos três e não temos que enfrentar trânsito.
            Pois bem, na última sexta-feira lá fui chegando sorrateiramente, procurando pelo Zé, um negro velho muito legal, gente boa, que se intitula de vigia, quando me viu foi logo chamando de meu patrão, jargão comum a todos que ali param.
            Estava ele sentado no chão com uma garrafa de refri com líquido de algo branco, parecendo 51 e mais um saco de farofa, cambaleando foi logo se levantando e dizendo: “Deixa comigo meu patrão!”.
            Fui para o encontro que nesse dia não houve só foi eu mesmo, por isso não demorei muito.
            Na volta o Zé tava mesmo muito legal, numa boa, foi ao meu encontro dizendo: patrão tá tudo certo aí, peguei o dinheiro para dar-lhe uma gorjeta, mas antes eu disse a ele, que estava trabalhando e não ficava bem ficar daquele jeito lidando com os clientes e que deveria deixar para beber depois, foi aí que ele me olhou com uma cara desavergonhada sorrindo e disse: “Ô siô, não diga mais nada não, a minha nega véia agorinha acabou de me dá esse merminho sermão ”.
            Só me restou entregar sua gorjeta, ligar o carro e sair sorrindo sozinho, feito um doido, até chegar em casa.


*Mário Helder é Tesoureiro da ABL, mora em São Luís (MA) 

(TB25mar2012)

 

Artigo
Posses na Academia Barra-cordense de Letras
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder

            No dia 24 de junho a Academia Barra-Cordense de Letras recebeu honrosamente cinco novos membros, foi com muito prazer e satisfação que recebi a missão de dar as boas vindas aos acadêmicos: Álvaro Braga, Assis Soares, Cezar Braga, Juraíza Bílio e Luis Carlos.
            A diversidade cultural desses novos acadêmicos já diz tudo e nos remete à premissa de que dias melhores virão.
            O Álvaro, historiador renomado, arquivista, pesquisador, arqueólogo, não carece maiores comentários; o Assis, cordelista, repentista de primeira linha, certamente estará a cantar e encantar a nossa cultura; o Cezar com suas belíssimas crônicas, sempre está a fazer com maestria sua engenharia e reengenharia das letras; a Juraíza, atriz, teatróloga, certamente estará mais motivada a dar continuidade ao seu incansável trabalho e o Luis Carlos com seus estudos filosóficos e pensador de linhagem qualificada, com certeza dará uma enorme contribuição. Em suma, temos certeza que esse grupo saberá assumir suas responsabilidades em defesa da boa literatura.
            Ressaltamos que o evento do dia 24 deste, muito bem organizado tanto intelectual como fisicamente, foi coroado com a presença maciça de pessoas que acreditam que a cultura é o caminho, inclusive, mesmo se estendendo até às 23h30 ninguém arredou o pé. O que significa dizer que estamos no caminho certo. Tudo isto sob o olhar atento e a batuta do maestro Nonato Silva.
            Outra observação que faço com muita propriedade e gosto, foi o fato de vermos os movimentos culturais de Barra do Corda juntos e unidos por uma só causa. Quando tivemos a oportunidade de ver também, o repatriamento de alguns confrades que estavam distantes e retornando com todas suas forças para o bem geral da cultura.
            Finalmente a reunião histórica do dia 25, às 9h da manhã, com mais de 12 membros, foi pautada por uma agenda de trabalho onde tudo que ficou acertado com suas respectivas datas e responsáveis pelas ações, quando foi elaborado um verdadeiro plano de ação.
            Barra do Corda tem jeito, mas somente passando pela EDUCAÇÃO e preservando a CULTURA.

*Mário Helder é Tesoureiro da ABL, mora em São Luís (MA) 

(TB30jun2011)

 

Poema
Mãe, porto seguro
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira


Segura na minha mão

Onde quer que vá

Nesse vai e vem da vida

Tudo é passageiro

Traz-me o futuro

Que o presente chegou

Não deixem que o tempo passe

Só por passar

Sem que seja vivido

Muito e intensamente

Todos os dias

Fazendo a diferença

No limiar dos tempos

As pessoas se vão

Mas você fica pra nos levar

Por bons caminhos

Quando lá chegamos de mansinho

Deixam lembranças e saudades

Dos seus jeitos de sorrir

De abraçar e de beijar

Suas manias e modos

Ficam um pouco dentro de nós

De quem fica e de quem vai

Vive nos nossos pensamentos

Sempre bem lembrados

Por vossos trilhos

Vamos todos trilhar

Até encontrarmos

Na morada dos sonhos

No refúgio do coração

Porto Seguro

Adormece-me nos seus braços.

*Mário Helder Silva Ferreira é Economista, mora em São Luís (MA)

(TB11mir2011) 

 

 

Artigo
Impunidade x imunidade
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira


            Quando alguém comete um delito e não é punido a isso chamamos de impunidade.
            Quando alguém está isento de punição, que está livre do castigo, a isso chamamos de imunidade.
            Com a riqueza de vocabulário da nossa língua portuguesa, as pessoas, em especial os políticos, costumeiramente fazem confusão das sinonímias, seja por ingenuidade, ignorância ou espertamente para fugir da responsabilidade como se nada tivesse acontecido e muita das vezes utilizando-se do suborno para livrar-se dos rigores da lei.
            Na história recente do nosso país a impunidade, por pouco, já não foi institucionalizada uma vez que tornou-se lugar comum e corriqueiramente temos visto fatos ocorrerem sem que não se tenha notícia de qualquer punição.
            A respeitada Polícia Federal contabiliza uma estatística nada recomendável para um pais que luta para vencer o câncer da esperteza e consta que alguns figurões foram presos, no entanto parece que se continua fazendo vistas grossas para o cumprimento do dever de todo e qualquer cidadão, onde deveríamos buscar o direito à dignidade como parâmetro.
            Dentro desse contexto somos obrigados a conviver com o desconforto de sermos honestos, vemos cada vez mais a corrupção avançar ao nível da banalização e como conseqüência natural a triste realidade da incidência desse mal que parece incurável, como dizia Lord Atcton na frase famosa em Teoria Política: “ O Poder tende a corromper e o Poder absoluto, corrompe absolutamente”.
            É lastimável termos que ver e conviver com efeitos midiáticos mirabolantes, quase que diariamente como se fosse uma festa interminável, enquanto isto vemos as escolas caindo aos pedaços e a saúde adoentada com tantos desvios de recursos públicos.
            Que essa reflexão possa aguçar o desejo de praticarmos o bem a quem quer que seja, para que um dia essa praga da corrupção seja banida do nosso convívio diário e que o bem possa prevalecer sem que sejamos obrigados a perder a esperança.

*Mário Helder Ferreira é Economista, mora em São Luís

(TB16mar2011) 

 

Poesia
No dia da poesia
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira

Diria que muito do que ficou de mim
Foi pura alegria e alguma saudade
Nos sonhos, sonhado pela idade
Pelas ruas da minha antiga cidade
Já se vão alguns dias e algumas noites
Morrendo e vivendo de amor incontido
E tudo que foi sobrando dentre de mim
Agora quero gastar na singeleza do amor
O mundo que ora habita em meu ser
Vem transbordando de palavra amiga
Que pensava transformar em poesia
De uma noite chuvosa e bem dormida
Sentindo o cheiro da roça antiga
Manhã, depois do orvalho de prata
Quando a tarde cai sempre calma
Alimenta o meu corpo e minh´alma
O simples deixou meu coração aliviado
Do dia a dia comovido e embalado
Só resta agora cultivar as belas flores
Nas águas passadas de muitos amores
Colhendo ventos mansos e brandos
Nas pastagens semeadas pelo bem

*Mário Helder Silva Ferreira é Economista, mora em São Luís (MA) 

(TB14mar2011) 

 

Mensagem
Carta para Cezar Braga
Jornal Turma da Barra

De Mário Helder Ferreira para Cezar Braga

Grande Cezar!

As boas festas de final de ano, realmente foram muitos boas mesmo, tudo começou com o espírito natalino, que por tradição da família passamos juntos na nossa casa no COHAJAP.

A Marluce, monta o tradicional presépio e se encarrega da reza e o Cezar que é o CHEFE, sem aspas mesmo, se encarrega dos quitutes.

No Natal fui a casa dele na parte da tarde e fiquei impressionado com o carinho e a paciência que ele tem no preparo dos comes e bebes, desta vez sem bebes, lá estava ele preparando simplesmente o cardápio da noite: além do tradicional peru , preparava uma saudável salada com alface, repolho, brócolis, cenoura etc (peçam areceita a ele) e mais um estrogonofe de frango, tudo deliciado na inesquecível noite.

Por motivos particulares e não comuns, deixamos de ir a Barra do Corda passar o final de ano, ficamos um pouco desorientados até que surgiu a idéia de inaugurarmos a área de lazer de um amigo nosso, que foi prontamente convidado. Novamente lá vem o Cezar com todo gás, zelo e capricho preparando o nosso encontro da noitada, churrasco de maminha, picanha, lingüiça, frango etc. Mas o ápice mesmo foi quando deu meia noite, após as queima de fogos, ao som do CD do blocos Os Cachacinhas, lá vem ele sambando pulando feito um menino, sem direito a nenhumazinha, digas-se de passagem, nos dando um aula de alegria e bom humor.

No ano que se inicia desejo ao Cezar, apenas muita SAÚDE, por que o resto ele tem sobra.

*Mário Helder Silva Ferreira é Economista, mora em São Luís (MA)

(TB8jan2011)

 

Mensagem
Simplesmente Natal
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira


            Sempre tenho dito que Natal deveria ser todo dia, pois só assim as pessoas ficariam mais amigas, mais dóceis, mais comprometidas com o verdadeiro sentido de união, do perdão, da confraternização e assim sendo, mais compromissados com a fé.
            Pois bem, neste Natal quero reportar-me a algumas dificuldades pelas quais passamos ao longo
deste ano que se finda, trazendo assim a polarização de alguns temas como sendo:
            Que os problemas sempre existiram, existem e vão existir para que possamos encontrar as soluções para os mesmos, pois é na crise que se encontra as melhores saídas;
            Que de repente aparece uma doença, seja simples ou até crônica para que possamos dar muito mais valor à saúde que nem mesmos nos dávamos conta que tínhamos;
            Que o medo existe, não para nos acovardarmos, mais como forma de prudência e com isto nos encorajarmos para enfrentar as adversidades;
            Que a morte de repente existe para nos mostrar que a vida é curta e que por isso devemos vivê-la na sua plenitude;
            Que os espinhos nas roseiras servem para nos arranhar e chamar nossa atenção para a beleza e o aroma das rosas;
            Que a separação de algo mesmo sempre dolorida, seja motivo de encontramos a união de outros valores principalmente fortalecidos pela grandeza de ser;
            Que a perda de bens materiais não seja visto como castigo, mas sim como perfeita sintonia de ganho de valores espirituais;
            Que a noite é necessária e as trevas têm as funções de nos fazer enxergar que um novo dia que está nascendo e renovando nossas esperanças.
            Entendo que uma boa idéia seria uma análise criteriosa e com todo cuidado de tudo aquilo que deu certo ou que deu errado procurando descobrir as causas dos êxitos ou dos fracassos, em Administração chamaríamos de pontos fortes e fracos, onde os pontos fracos ou mesmo os insucessos nos servem de aprendizado constante que possam nos levar a vencer futuros obstáculos.
            Para tanto temos que ter em mente que planejamento, organização, ação e disciplina são verdadeiros ingredientes de vencedores. Sem esses requisitos não romperemos as barreiras das infinitas dificuldades.
            Em fim, vivemos na polaridade. Não é interessante crescer sozinho, o bom mesmo é levar consigo outros juntos e principalmente podendo repartir o gosto nem que seja das pequenas vitórias. Tornando assim a alegria muito mais saborosa e partilhada de coração a coração.
            Isso acontece quando todos nós conseguirmos mentalizar diariamente nossos objetivos e metas, a fim de encontrarmos favoravelmente com persistência e garra nossos desejos.
            O AMOR e o PERDÃO são a força que movem o universo, juntos com a família tornam-se o alicerce inabalável de um futuro promissor.
            FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO.


*Mário Helder Silva Ferreira é Economista, mora em São Luís (MA)

(TB25dez2010)

 

Mensagem
Sessentão mágico
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira


            Fazer sessenta anos ou duas vezes trinta é uma dádiva, uma magia muito grande, uma felicidade imensurável, tudo isso e muito principalmente, porque o menino ainda tem pela bondade de Deus, Pai e Mãe vivos. É uma sensação de juventude gostosa, daquelas assim do tipo que vale a pena relembrar, porque relembrando estamos vivendo duas vezes, por isso convido a todos fazer esta viagem comigo reinventando:

O carrinho de pau (madeira) com cabine feita com flange de lata de óleo de cozinha, rodas também de madeira, molas de arco de barrica, um barato total;

A famosa lanchinha de lata de sardinha;

Como eram “maneiros” os carrinhos e aviões feitos de buritis;

O peão feito do galho da goiabeira com prego na ponta e para rodar com cabinho de algodão, o famoso catatal ;

Mas, a grande magia e obra de arte era a bola feita do leite da mangaba, como pulava!

Lembra da bola de meia, sem chulé, mais muito suja, que ao chutá-la acertava era a cabeça do dedão na calçada alta;

Do suro feito com papel de seda, tala de buriti e linha oito para empinar, com direito a lanceadas;

E o ferro triângulo usado no inverno para acertar várias figuras no chão, principalmente o peixe que tinha como olho a manga;

Jogar perde e ganha com castanhas de caju, depois assá-las naquele velho flange todo furado;

Jogar com aquelas petecas (bolas de gude) de cores variadas, fosse para acertar o bitel (peteca grande) ou no jogo dos três buracos;

Dando uma de Santos Dumont, fabricando e até vendendo aviãozinho também de lata de óleo, com hélice e tudo o mais.

Portanto, são com essas fantasias, belas imagens fresquinhas na cabeça e com os neurônios revitalizados que passo agora para o famoso clube dos “SEX”. (sexagenários).

*Mário Helder Silva Ferreira nasceu a 3 de dezembro de 1950 em Barra do Corda (MA)

(TB3dez2010)

 

Mensagem
Mensagem ao poeta
Jornal Turma da Barra

*Mário Helder Ferreira


            O relançamento do livro “Canção do Abandono” na data de hoje, 4 de setembro do ano em curso, aqui em Barra do Corda, do grande e saudoso poeta Olimpio Cruz, veio trazer a lembrança de que todos nós temos a obrigação de enaltecer, cultivar, fomentar e incentivar a boa cultura no seio da sociedade, em especial da juventude barra-cordense.
            Ao ler Canção do Abandono sem pestanejar, pude observar, num autodidata de valor o quanto é atual seus versos de mais de meio século, a sinonímia utilizada, sem a canseira das repetições é algo impressionante, que só o dom ou as dádivas podem explicar. Isto sem falarmos que seus poemas, mormente os sonetos, são de uma riqueza métrica, de rimas ricas e perfeitas, sabidamente utilizando-se de figuras de linguagem como catacrese ou sístoles para o bom desempenho e riqueza da sua literatura.
            Relançado, também, solenemente em agosto na Academia Maranhense de Letras, sob o planejamento e a organização do prof. Jomar Moraes, feito o desejo do seu filho e nosso amigo escritor Nonato Cruz, que neste mesmo mês faria 74 anos, esta obra prima ficará para sempre arquivada nos compêndios históricos da Barra do Corda.
            Que outras canções, possam ecoar entre os murmúrios dos rios Corda e Mearim são nossos votos de efusivas fontes de inspiração.

*Mário Helder Ferreira é membro da ABL, Arcádia e IHGB, mora em São Luís (MA)

(TB5set2010)