Interior da Igreja Matriz localizada na praça Melo Uchoa


História de Barra do Corda

por Heider Moraes

            A cidade de Barra do Corda foi fundada em 3 de maio de 1835 por Manoel Rodrigues de Melo Uchoa, cearense de Nossa Senhora da Assunção. Militar, foi comandante-em-chefe de uma das batalhas do Jenipapo em Campo Maior, Piauí. O nome é homenagem ao rio Corda, que circunda todo o centro urbano em forma de barra.

            Ao declarar fundada Barra do Corda, Melo Uchoa batizou-a primeiramente de Missões, depois Santa Cruz de Barra do Corda, porque 3 de maio é o dia da Santa Cruz. Em seguida, Barra do Rio das Cordas e, finalmente, Barra do Corda.

            O nome "Corda" é em razão do rio Corda então conhecido como rio "Capim". Como existiam muitos cipós que se enrolavam em forma de corda, daí o nome rio Corda e por efeito Barra do Corda.

            Uma das versões sobre Melo Uchoa, conta que ele teria vindo do Piauí onde participou como um dos comandantes-em-chefe da Batalha do Jenipapo, em Campo Maior, uma rebelião piauiense que pretendia fundar uma república. Trouxe consigo vários remanescentes dessa batalha, inclusive o seu lugar tenente, José Lázaro Teixeira.

            Nas imediações da cidade de Colinas no Maranhão, na fazenda Consolação, consta que Melo Uchoa teria reunido uma caravana, a qual contara com índios Canelas, e em seguida partido em expedição para reconhecer uma área do centro maranhense e fundar uma cidade.
O povoado Leandro, no sertão, já existia.

            No porto do hoje povoado do Sujapé, Melo Uchoa teria passado oito dias descansando. A pé, margeando o rio, foi até a confluência do Corda com o Mearim, acampando no porto da Sapucaia ("x" com o balneário Guajajara).

Julgou que era o local ideal. Além da beleza, constatou que o rio Mearim a partir dali oferecia condições de navegabilidade. E ali no porto da Sapucaia declarou fundada Barra do Corda. Era 3 de maio de 1835.

            A partir dessa data fixou residência em Barra do Corda. Comandou a demarcação das ruas da cidade de modo que ficassem em quadras iguais de cem metros, no sentido de que todas estivessem voltadas para o nascente.

            Viveu 31 anos em Barra do Corda. Pai de sete filhos, Melo Uchoa morreu paupérrimo em 7 de setembro de 1866. Foi sepultado na praça Gomes de Sousa (antigo cemitério que fica em um largo, na entrada do bairro Sítio dos Ingleses).

            Na cidade há apenas a praça Melo Uchoa em homenagem a sua pessoa.

*Heider Moraes é editor do 'TB'

 


Para conhecer um pouco mais sobre a história desta maravilhosa
cidade do interior do Maranhão, clique nos títulos abaixo:

O Massacre do Alto Alegre (Antonio Carlos Lima)
Textos do livro do professor Galeno Edgar Brandes
Crônica para a história cordina (Heider Moraes)
Artigo: O melhor parabéns (Humberto Madeira)
Dissertação: Massacre do Alto Alegre (Miramny Guedelha)
Nona Matéria

Turma da Barra | 2ª Página | Jornal TB | História | Fotos | Cultura
Outro Sites
| Infra-Estrutura | Comunicados | Turismo